“O trabalho da FAP ajuda os agricultores a resolverem os problemas com que se debatem, tais como os de carácter ambiental e de saúde do produtor e do consumidor, devido a falta de aplicação de boas práticas agrícolas”, disse o técnico da ABIODES, Stélio Manhice, numa das capacitações realizadas, em Maputo.
Para os beneficiários, “as formações servem para aumentar os conhecimentos sobre as melhores técnicas de produção, para além de acrescentarem valor como mecanismo de identificação e combate dos principais males que influenciam a sua produção”.
ABIODES levar, para junto dos produtores, aspectos ligados a identificação de pragas e doenças, gestão de água, uso razoável de pesticidas, maneio integrado de pragas e doenças, produção no período chuvoso, gestão da fertilidade do solo, gestão económica do pequeno produtor, rotação de culturas, comercialização de hortícolas e associativismo.
Nas formações, foram disseminadas práticas agro-ecológicas, abrindo espaço aos produtores para testarem Biopesticidas de Piri-Piri, Margosa, Papaieira, Moringa, Tabaco, Biofertilizante aeróbico e anaeróbico, Biofertilizante de Bokashi
aeróbico e anaeróbico, Túnel, rotação de culturas, estrume curtido, composto orgânico, cobertura morta/mulching e outras.
Para José Matsimbe, técnico ABIODES, “os resultados das formações dadas são satisfatórios, na medida em que os produtores agrícolas passaram a deter melhores condições técnicas para fazer face aos efeitos das mudanças climáticas e dos problemas resultantes da falta de recursos financeiros devido a sua vulnerabilidade económica”. Para além de problemas financeiros, há ainda questões de natureza e de meios de produção que se impõem como desafios, nomeadamente, a escassez de água de rega e calor intenso, cujos efeitos são minimizados pelo uso de cobertura morta/mulching, uso de túneis com cobertura de rede de estufa, uso de biopesticidas e de biofertilizantes, os quais são naturais e amigos do ambiente.